quarta-feira, 13 de maio de 2009

AS LUAS DE GALILEU







Foto: As Luas de Galileu - Grupo de Pesquisa Teatro Novo/GPTN


Uma encenação do Grupo Pesquisa Teatro Novo, do DAC. Roteiro e Direção de Carmen Fossari. Regência de um coro vocal convidado é da Maestrina Miriam Moritz, assessoria do professor Adolfo Stotz astrônomo do Planetário da UFSC celebrando o ano internacional da Astronomia/2009.

A Cia. de Teatro Bambolina Andattina (Metateatro) conduz a trama que se completa com cenas evocadas da vida de Galileu e a sua paixão pelo saber e o embate com a Inquisição, aliás, fato a que até hoje a Ciência está, infelizmente, vulnerável.

A encenção acontece dentro e fora do Teatro-Igreja, ao meio do Público e em cinco espaços cênicos, fazendo uso da arquitetura original do prédio onde a peça é encenada. Em livre adaptação, três cenas da obra de Bertolt Brecht: A Vida de Galileu, e de Alberto Camus: A Peste.
Roteiro e Direção de Carmen Fossari


Veja abaixo a notícia sobre o espetáculo:




Teatro da UFSC recebe a estreia do espetáculo “As Luas de Galileu”

De 16 a 18, e 23 a 25 de outubro sextas, sábados e, domingos, sempre às 20 horas. Gratuito e aberto à comunidade. Na Sepex, dia 21/10, excepcionalmente, às 20h30.

O Teatro da UFSC apresenta o trabalho do Grupo Pesquisa Teatro Novo, da UFSC, que estreia a peça “As Luas de Galileu”, uma nova produção do grupo dirigida por Carmen Fossari, neste ano em que se comemora o Ano Internacional da Astronomia. A peça estréia com uma grande produção, envolvendo 40 pessoas entre elenco, músicos e técnicos da peça.

A apresentação da peça faz parte da programação comemorativa dos 30 anos do Teatro da UFSC, que o Departamento Artístico Cultural da UFSC - DAC organizou, de maneira especial, com vários espetáculos da cidade para este ano. São 13 peças que se apresentarão no palco do teatro até dezembro deste ano. A abertura da temporada aconteceu em maio.

A peça As Luas de Galileu ficará em cartaz por dois finais de semana. A montagem está sendo elaborada dois anos e meio, somando o tempo das pesquisas históricas, num trabalho que une a arte popular e erudita no mesmo espetáculo. A encenação inicia sua representação fora da Igrejinha da UFSC (Antiga Igreja da Trindade) e depois o público adentra o edifício, formando uma semi-arena; os atores em muitas cenas estão no meio da platéia.

Os ingressos são gratuitos, quem quiser garantir o seu poderá retirá-lo com antecedência no DAC/Teatro da UFSC, na quinta e sexta-feira, das 14 às 18 horas. Por se tratar de espetáculo gratuito, os ingressos garantirão o acesso ao Teatro até às 20 horas. Após esse horário, os eventuais lugares vagos serão liberados para o público excedente. Lembrando que na Sepex, dia 21/10, o espetáculo inicia excepcionalmente às 20h30.

Veja o blog com a programação comemorativa completa, textos sobre os espetáculos e breves textos históricos sobre o Teatro da UFSC pelo site www.dac.ufsc.br.

Galileu na Sepex, na UFSC

Durante a 8ª Semana de Ensino, Pesquisa e Extensão da UFSC - SEPEX, que acontece de 21 a 24 de outubro (www.sepex.ufsc.br), a peça As Luas de Galileu será apresentada na quarta-feira, dia 21/10, excepcionalmente às 20h30 na Igrejinha (ao lado do Teatro) da UFSC.

A apresentação da peça na SEPEX acontece no mesmo dia em que o professor Kepler de Oliveira, pesquisador do Instituto de Física da UFRGS, fala sobre “tamanho” do Universo.

Na época de Galileo Galilei, a Terra era o centro do Universo. A contribuição do físico, matemático e astrônomo ao modelo heliocêntrico abalou a sociedade. Hoje as perguntas são mais amplas. “O Universo é Finito?” é o tema que o professor Kepler de Oliveira, do Instituto de Física da UFRGS, se propõe a abordar em mais uma palestra na UFSC integrada à agenda do Ano Internacional da Astronomia.

O encontro será realizado no dia 21 de outubro, às 18h20min, no auditório Garapuvu, Centro de Cultura e Eventos.

Sobre a peça:

Galileu Galilei vivencia fatos relevantes de sua vida, o homem que passou para a História como o cientista que abjurou diante da Inquisição e cuja genialidade é um marco: Criador da Ciência Moderna.

Uma encenação reunindo duas linguagens que confluem tal como as relações da ciência e da fé; instaura-se no espetáculo o popular (Comédia Dell Arte) e o erudito (Madrigal).

A encenação inicia na rua, ao lado da Igrejinha da UFSC e passa para dentro da igreja. A cenografia pontua várias cenas ao meio do público. O texto dentro do preceito pós-dramático resulta em um somatório de escritos ao entorno relevantes, a saber: Escritos de Galileu Galilei na Obra: Mensageiro das Estrelas; Carta de Virginia, a filha freira e auxiliar de Galileu Galilei; um trecho de A Peste, de Albert Camus; cenas em livre adaptação da obra mais Aristotélica, de Bertolt Brecht (que escreveu três versões de sua obra Galileu Galilei); trechos do Processo Inquisitório a que foi vítima Galileu Galilei, e preciosas observações do Astrônomo Adolfo Stotz Neto. Galileu, um ser humano que ousou olhar o nunca visto.

Quem foi Galileu:

Grande Físico, Matemático e Astrônomo, Galileu Galilei nasceu na Itália no ano de 1564. Durante sua juventude ele escreveu obras sobre Dante e Tasso. Ainda nesta fase, fez a descoberta da Lei dos Corpos e enunciou o princípio da Inércia. Foi um dos principais representantes do Renascimento Científico dos séculos XVI e XVII.

Alguns aspectos biográficos de Galileu*

Nasceu no ano de 1564, e foi ele quem pela primeira vez apontou a luneta para o céu. Conseguiu comprovar as teorias de Copérnico, heliocêntricas, que se opunham às teorias aristotélicas do geocentrismo e que coadunavam com os preceitos bíblicos. Parte da Igreja à sua época e astrônomos concordavam com os seus estudos, e mesmo proibida pelo Index a teoria copernicana, Galileu, por desfrutar do convívio com o alto clero, conseguiu dar vasão aos seus escritos. Cardeal Barberini, de uma influente família italiana, que foi sagrado papa Urbano VIII, era amigo de Galileu e deixou que ele continuasse seus estudos, desde que não comprometesse os ditos bíblicos. Mas Galileu, de temperamento igualmente forte, edita a sua obra que o levou à Iquisição : “Diálogos”, sobre os dois maiores sistemas do mundo – Ptolomeu e Copérnico.

Neste livro ele estabelece um diálogo entre três personagens: um com características atoleimadas em negar a teoria heliocêntrica, um defensor das novas descobertas e um que passa da dúvida ao reconhecimento. Reza a História, que o papa Urbano VIII sentiu-se ridicularizado por tal obra e concordou com o inquisidor que, aliás, foi o mesmo que anos anteriores havia condenado Giordano Bruno.

Depois da Inquisição, Galileu se dedicou a importantes estudos da Física. Habitava perto de um convento, San Mateo, onde suas duas filhas eram freiras. Uma delas, Virgínia, o auxiliava escrevendo seus estudos. Galileu teve três filhos. O filho homem ele o entregou a um nobre amigo para que fosse adotado e ingressasse na faculdade. Nunca se casou com Marina Gamba, com quem teve os três filhos. Moravam em casas separadas. Mesmo na prisão domiciliar, recebia seus amigos e estudiosos, até o fim de sua vida, quando estava cego.

(*) fornecido pela diretora do espetáculo

2009 - O Ano da Astronomia:

O Ano Internacional da Astronomia 2009 é a celebração da ciência e em especial da própria Astronomia.

Em 1609 tivemos uma das datas mais marcantes da história da Astronomia, foi quando pela primeira vez o homem pôde ver o céu não mais com os olhos desnudos, ou seja, a partir de Galileu Galilei pôde-se observar o céu com um telescópio, um instrumento que ajudou a revolucionar a ciência e em especial a Astronomia. Esse instrumento foi aperfeiçoado por Galileu, mas não foi construído por ele como alguns pensam. Galileu teve o mérito de desenvolvê-lo e principalmente de ter tido a idéia de usá-lo para ver o céu e não para observar navios ou inimigos à distância, mas um objetivo mais nobre: o Céu.

Com o telescópio, Galileu Galilei pôde observar a Lua como nunca antes, viu que na Lua há montanhas e imensas crateras. Com esse instrumento ótico pode constatar que em Júpiter há quatro corpos que a circundam, são as grandes luas: Europa, Ganímedes (ou Ganimedes), Io e Calisto, mas sabe-se hoje que existem outros satélites naturais em Júpiter. Essa observação corrobora para a retomada do heliocentrismo (Copérnico 1554) com a afirmação de que se é possível haver outros corpos girando em torno de outros sem ser da própria Terra, então por que a terra não poderia também ela estar girando em torno de outro corpo como o Sol.

Passou-se desde então 400 anos de observações com instrumentos óticos e não mais a olhos nus.

Pela participação da Astronomia desde os primórdios do homem através de sua contemplação e “veneração” do céu, criação dos seus mitos e depois o nascimento da filosofia e da ciência, podemos observar que a Astronomia tem um estreito relacionamento com o pensamento filosófico, basta ver as inúmeras possibilidades que se dão de uma para a outra; percebe-se uma sinergia entre a Astronomia e a Filosofia (Pensamento) e vice versa.

Por esses motivos e tantos outros que dão a importância e a relevância da Astronomia é que o ano de 2009 foi proclamado pela ONU (Organização das Nações Unidas) como o ano internacional da Astronomia. Esses são objetivos gerais da comemoração:

Difundir na sociedade uma mentalidade científica;

Fornecer uma imagem moderna da ciência e do cientista;

Promover acesso a novos conhecimentos e experiências observacionais;

Promover comunidades e clubes de Astronomia;

Promover e melhorar o ensino formal e informal da ciência;

Criar novas redes de divulgação e pesquisa e fortalecer as já existentes;

Melhorar a inclusão social na ciência, promovendo uma distribuição mais equilibrada entre os cientistas provenientes de camadas mais pobres, de mulheres e minorias raciais e sexuais.

Veja mais informações na página da UFSC:

http://www.agecom.ufsc.br/index.php?id=10023&url=ufsc

Fonte: www.planetanews.com

GPTN e Galileu:

As Luas de Galileu é uma encenação do Grupo Pesquisa Teatro Novo, do DAC/UFSC. Roteiro e Direção de Carmen Fossari. Regência de um coro vocal convidado é da Maestrina Miriam Moritz, assessoria do professor Adolfo Stotz astrônomo do Planetário da UFSC, celebrando o ano internacional da Astronomia/2009.

A Cia. de Teatro Bambolina Andattina (Metateatro) conduz a trama que se completa com cenas evocadas da vida de Galileu e a sua paixão pelo saber e o embate com a Inquisição, aliás, fato a que até hoje a Ciência está, infelizmente, vulnerável.

Ficha Técnica:

Elenco:

Mariana Lapolli, Ivana Fossari, Bruno Lapolli, Marcelo Cidral, Marcelo Cipriani, Rhamsés Camisão, Ana Paula Lemos, Julião Gularte, Lucia Amante, Emanuela Espíndola, Bruno Leite ,Gabriel Orcajo, Juliana Rabello, Gabriel Ortega, Augusto Sopran, Eliana Bär, Rubia Medeiros, Luiza Souto, Jeanne Siqueira e Patrícia Medeiros.

Participação do Madrigal da UFSC

Direção Musical e Regência do Madrigal: Miriam Moritz

Assessoria: Astrônomo Adolfo Stotz

Figurino: José Alfredo Beirão

Cenário: Márcio Tessmann

Iluminação: Ivo Godoi e Calu

Técnico Luz: Nilson Só

Cartaz: Michele Millis

Programa: Bruno Leite

Produção: Grupo Pesquisa Teatro Novo-UFSC

Promoção: Departamento Artístico Cultural - DAC, da Secretaria de Cultura e Arte - SeCArte, da Universidade Federal de Santa Catarina - UFSC

Carmem Fossari

Natural de Florianópolis, Carmem Lúcia Fossari é Mestre em Literatura Brasileira, pela UFSC, com opção em Teatro; diretora de espetáculos do Departamento Artístico Cultural - DAC/SeCArte/UFSC, coordenadora e professora da Oficina Permanente de Teatro da UFSC e diretora e fundadora do Grupo Pesquisa Teatro Novo/UFSC.

Nessa categoria, recebeu inúmeros prêmios estaduais e nacionais, bem como representou o Brasil com espetáculos que dirigiu, escreveu e atuou nos países: Porto Rico, México, Paraguai, Argentina, Chile, Colômbia, Portugal e Uruguai. Esteve com espetáculos no Chile por sete vezes, onde mantém convênio através do GPTN/UFSC com a “Cia. La Carreta” que coordena, naquele país, o ENTEPOLA - Encontro de Teatro Popular Latino Americano.

Teatro da UFSC:

O Teatro da UFSC é um edifício que faz parte do conjunto histórico da atual Igrejinha da UFSC, que pertencia à Paróquia da Santíssima Trindade, localizada no bairro da Trindade, em Florianópolis. A data de fundação da paróquia é de 1853. O conjunto de edifícios foi adquirido pela UFSC em meados da década de 1970 e compreende a Igrejinha, o Teatro (antigo Salão Paroquial) e a Casa do Divino (edifício destinado ao culto do Espírito Santo por ocasião da festa).

Com a reforma dos edifícios, em 1978 a UFSC destinou a Igrejinha ao Coral da UFSC e outras atividades musicais, e, em maio de 1979, numa ação conjunta da Universidade e do Grupo Pesquisa Teatro Novo da UFSC junto ao Instituto Nacional de Artes Cênicas, foi inaugurado o Teatro da UFSC. A Casa do Divino foi reformada para abrigar as salas para cursos e oficinas de Artes Plásticas e outras atividades

Segundo Carmen Fossari, diretora de teatro no Departamento Artístico Cultural da UFSC, "nestes 30 anos, o fato de ser um espaço quase franciscano não impediu de ter sido, e ser, um celeiro de novos artistas, e de ter uma contribuição indelével ao fazer teatral em Florianópolis, de uma forma mais moderna e despojada".

Segundo Zeca Pires, diretor do Departamento Artístico Cultural da UFSC, "Esta é uma programação com grupos catarinenses a quem a UFSC sempre trabalhou oferecendo um espaço digno para apresentarem seus espetáculos".

O Teatro da UFSC faz parte do Departamento Artístico Cultural, vinculado à Secretaria de Cultura e Arte da Universidade Federal de Santa Catarina.

SERVIÇO:

O QUÊ: Estréia do espetáculo teatral "As Luas de Galileu”

QUANDO: Dias 16, 17, 18, 23, 24 e 25 de outubro de 2009 -- sextas, sábados e domingos, sempre às 20 horas. Na Sepex, dia 21/10, excepcionalmente às 20h30.

ONDE: Teatro da UFSC (Igrejinha), Praça Santos Dumont, Trindade, Florianópolis-SC.

QUANTO: Entrada gratuita e aberto para a comunidade.

CONTATO: DAC / Teatro da UFSC (48) 3721-9348 e 3721-9447 www.dac.ufsc.brCONTATOS E INFORMAÇÕES: Grupo Pesquisa Teatro Novo. Email: rondagrupo@gmail.com

Fonte: Sendy Cristina da Luz, Acadêmica de Jornalismo - Departamento Artístico Cultural - DAC: SECARTE: UFSC, com material institucional e fornecido pela produção do espetáculo.